FACULDADE ATLÂNTICO
15/05/2012
Universitários participam do Projeto Hora do Conto
Fotos: Ascom/Funcaju
O Projeto Hora do Conto, realizado há cerca de oito anos pela
Biblioteca Municipal Clodomir Silva, uma das unidades da Fundação
Municipal de Cultura e Turismo (Funcaju), recebeu nesta segunda-feira,
14, uma platéia diferente da habitual. Quem ocupou as cadeiras e ouviu
atentamente as histórias contadas foram os alunos de uma universidade
particular de Aracaju, que, assim como o principal público do projeto,
as crianças, não perderam nenhum detalhe de cada conto.
Os contadores de histórias Tarcísio Bruno e Ivani Brás
As dinâmicas foram marcadas pela descontração
A estudante de Pedagogia, Rutile Brandão
O professor João Paulo e a
diretora da biblioteca, Maria José
Dinâmicas, histórias e dicas foram deixadas aos futuros pedagogos
A iniciativa de levar os cerca de 40 alunos do curso de Pedagogia para participarem do Projeto foi do Professor João Paulo, antigo frequentador assíduo da biblioteca. “Sou professor da disciplina de ‘Metodologia Científica’ e estava procurando na internet algo para demonstrar aos alunos a importância da leitura. Foi quando encontrei o blog da Clodomir Silva e fiquei sabendo do Projeto Hora do Conto. Propus a visita e fomos muito bem recebidos pela biblioteca. É importante mostrar aos alunos não só a teoria, mas o que é estar imerso no mundo da leitura para que, como futuros pedagogos, eles possam multiplicar esse belíssimo projeto”, comenta.
Iniciado às 19h, a edição especial da Hora do Conto começou com uma breve apresentação de cada um dos presentes, incluindo os contadores de história Ivani Brás e Tarcísio Bruno, ex-diretor da Clodomir Silva que, mesmo depois de sua saída, demonstra dedicação à biblioteca fazendo parte da equipe de contadores voluntários. Logo após as apresentações, foram ofertadas algumas dinâmicas de interpretação e leitura que envolveram todos os participantes num clima de descontração e muita imaginação.
“Não conhecia a Biblioteca nem esse mundo incrível da contação de histórias. É a primeira vez que eu venho aqui e estou encantada com essa mistura de técnica e liberdade de imaginação que os contadores têm. É um trabalho muito bonito, além de ser divertido, tanto para crianças como para nós que já somos adultos. Sem dúvida irei usar todas essas dicas que aprendi aqui quando estiver lecionando”, revela à estudante do 1º período de Pedagogia da Faculdade Atlântico, Rutile Brandão.
Além das histórias e das dinâmicas, os universitários também levaram do projeto diversos ensinamentos dados por quem já tem muita experiência com o universo infantil. Os contadores de história deram dicas de uso de chapéus, fantoches, cartazes e até mesmo de objetos domésticos decorados como recurso para as dinâmicas. Mostraram a melhor forma de manter a atenção das crianças, fazendo-as participar das histórias e ainda mostraram como desmistificar a estrutura da biblioteca, encarada muitas vezes como um lugar chato e empoeirado, apresentando-a como um lugar vivo, cheio de cores e, principalmente, com muitas aventuras e conhecimento em cada livro.
“Não há lugar específico para contar histórias, pode ser em casa, na biblioteca, na rua ou na praça. O importante é envolver a plateia, fazer com que ela conte a história junto a você seja por meio de músicas ou mesmo de palpites em determinadas partes da narração. Dessa forma é possível passar mensagens importantes, mas de forma lúdica. A ferramenta contação de histórias é válida mesma nessa era de informática. O mundo sempre precisará da imaginação”, diz aos estudantes o contador de história Tarcísio Bruno.
A diretora da Biblioteca, Maria José, disse que não há idade, cor ou sexo para se divertir e refletir com as contações de histórias. “A Clodomir Silva foca o Projeto Hora do Conto para as crianças e os adolescentes, mas qualquer um pode participar. Já temos como público os universtitários da Universidade Federal de Sergipe e agora estamos recebendo os estudantes da Faculdade Atlântico, que chegam com novos horizontes e com interesses diversificados. Qualquer pessoa é muito bem-vinda à biblioteca, afinal ela é de todos nós”, disse Maria José.
